making of do feliz - vinte e um de maio de dois mil e sete - casa alta
O mato lateja no sol quente. Fica parado na janela, só ouvindo. Nossa janela é um dos quadros mais bonitos que eu já vi. E é viva. Tão viva que até venta. E o vento passa pelo mato e o faz deitar e subir e deitar e subir, como se dançasse. Dança na janela como se ouvindo já não mais parado. Nem ele, nem o cortinado azul que eu adoro pedir para manter fechado. Eu sei, é um pecado sim. Mas pecar é tão bom. Nós sempre saímos do pecado com um sorrisinho cafajeste. Sempre se goza depois do pecado. O mato que me perdoe.
2 Comentários:
Às segunda-feira, 21 maio, 2007 ,
Sil disse...
O que posso falar sem parecer redundante?! Acho que meus dons literários não chegam a tanto...
Amei, lindo demais!!!
Beijos meu amor!!!
Às segunda-feira, 21 maio, 2007 ,
Anônimo disse...
Juliano, você é um bom músico, tem uma presença incrível no palco. Isso, por si só, já é um fato e tanto! Acho apenas que, literariamente, você ainda não mantém a força e a beleza poderosas que transbordam do cantor. Talvez fosse interessante se sua escritura - que recusa um certo tipo de linearidade - se fizesse ruptura mais nos domínios do pensamento do que da letra, propriamente dita. Digo isso porque, embora não seja poeta, sei bem o quanto é difícil encontrar um termo entre o pensamento e a letra e acho que você tem tanto para dar nesse âmbito...
Receba meu sincero desejo de um sucesso cada vez maior.
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