vinte e quatro de julho de dois mil e seis - casa quatro - vitória
Até parece dia de loucura e satisfação. Um dia de quebrar os fios da vontade e deixa-la fugir na confusão dos ventos magros destes campos áridos. Parece dia de álcool, de fumo, de esporro... de correr atrás de bundas com saias leves e coloridas. O coágulo da tristeza morrendo no calor do estômago. As pernas chutando a brisa contra a calma. Os olhos vidrados no tremular transparente das ondas de calor. A vontade em fuga e o fim das esperas. Parece que é dia de arder. De extinguir o que se acreditava ser. De trocar as lembranças por alucinações. De cair no conforto da sugeira rançosa e fétida. Parece sábado. Um sábado na existência. Um dia de todos os sábados. Um sábado sem domingo posterior. Sem posteridade nenhuma. Um lago de sábados sem vazantes, sem fundo, sem margens... talvês nem dia seja isso que me abraça.
j. gauche
2 Comentários:
Às sexta-feira, 03 novembro, 2006 ,
FLORA disse...
Um sábado sem domingo posterior.Já pensei nisso...Talvez seja o infinito isso que te abraça.Novamente, outro texto muito bom de ler e de refletir...
Às sexta-feira, 17 novembro, 2006 ,
Anônimo disse...
Saudade...
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