vinte e um de janeiro de dois mil e sete - praia da costa
É que a vida, por si só, não chegará ao fim. Sempre fará seu outro passo. Sempre inventará um monte de pequenas arrumações e deixará o tempo fazer arte enquanto ela ri e se refaz. Como sempre e nunca correndo em círculos como dois animais antagônicos, driblando o diabo da ferrugem e do pútrido torpor da preguiça. É que a vida, por si só, corre. E não há corpo que a pare. Não há dor que a canse. Como água forte que arrasta tudo até ser mar. Vai na frente, sem te contar onde está indo. E te faz tão rio quanto ela. Sendo ela a água e você a força que a impede de adentrar nas pedras. Ela, por si só, vai. Em tudo também. No vago, nas paragens desertas, no pandemônio turvo do passado. E seja lá o que for existir, sem ela, nada.
6 Comentários:
Às sexta-feira, 13 julho, 2007 , Sil disse...
Não sei se gosto, não sei se o meio não interfere no resultado da escrita, não sei se gosto do passado, não sei se gosto...
Beijos meu bem!!!
Às sexta-feira, 13 julho, 2007 , Bianca Borges disse...
Iteressante.
Às quinta-feira, 19 julho, 2007 , Sil disse...
Gostei do modelito novo!!!
Beijos meu lindo!!!
Às quinta-feira, 19 julho, 2007 , j. gauche disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às sexta-feira, 20 julho, 2007 , Unknown disse...
Juliano,
Adorei, e você me surpreendeu ainda mais com esse texto. Principalmente esta pequena passagem:
"E te faz tão rio quanto ela."
Você sente a vontade de publicar os seus trabalhos, editar?
Um forte abraço do aprendiz Marcel.
Alexkid
Às sexta-feira, 20 julho, 2007 , George Saraiva disse...
refazer os acasos até que a ocasião seja o ocaso. sombrio e sarcastico como sempre. muito bão julano guache
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