vinteesete

12 julho, 2007

vinte e um de janeiro de dois mil e sete - praia da costa

É que a vida, por si só, não chegará ao fim. Sempre fará seu outro passo. Sempre inventará um monte de pequenas arrumações e deixará o tempo fazer arte enquanto ela ri e se refaz. Como sempre e nunca correndo em círculos como dois animais antagônicos, driblando o diabo da ferrugem e do pútrido torpor da preguiça. É que a vida, por si só, corre. E não há corpo que a pare. Não há dor que a canse. Como água forte que arrasta tudo até ser mar. Vai na frente, sem te contar onde está indo. E te faz tão rio quanto ela. Sendo ela a água e você a força que a impede de adentrar nas pedras. Ela, por si só, vai. Em tudo também. No vago, nas paragens desertas, no pandemônio turvo do passado. E seja lá o que for existir, sem ela, nada.


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