making of do feliz quatro - novembro de dois mil e sete - tabuazeiro
A mão dela tateava o nada ao seu redor enquanto os olhos se abriam cada vez mais. Era a primeira vez que via o mundo e mesmo dentro daquele quarto ele era azul. A mão não parava de procurar alguma coisa no nada. Os dedos tarantulavam no ar novo, no espaço que agora só cresceria e nada mais tinha do calor de minutos atrás. Ao contrário da mão o corpo permanecia encolhido. Não sabia ser outra coisa senão aquele “se abraçar” para caber. Mal sabendo ela que o mundo agora era grande e a abraçaria mesmo se ela dançasse ou pulasse ou corresse. Mas a mão não. Talvez já tivesse tentado antes e contra o véu do útero muitas vezes se chocara. E agora os dedos iam longe, tão longe que ela tinha medo e logo os traziam de volta. Em breve seriam eles seu maior aliado em suas descobertas, mais que os olhos. Em breve seriam eles que diriam o que é quente ou frio, o que é suave ou rude. Como diziam agora o que é liberdade.
5 Comentários:
Às domingo, 25 novembro, 2007 ,
Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Às terça-feira, 27 novembro, 2007 ,
Anônimo disse...
Melhor boas vindas, a Manu não poderia receber!
Lindo texto amor.
Beijos!
Às quarta-feira, 28 novembro, 2007 ,
Anônimo disse...
manda o bento pintar isso na parede do quarto dela!
Às domingo, 02 dezembro, 2007 ,
Anônimo disse...
é o meu capitão!
adorei, gauche!
Às segunda-feira, 03 dezembro, 2007 ,
Anônimo disse...
Passar por esse momento...
eh exatamente isso!Que palavras,fiquei sem ar.
Seja bem vinda Manu, muito amor pra ti!
Manu, Maricota quer brincar com vc!
bjs ,
luli
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial