vinteesete

14 novembro, 2008

a quem souber, que sirva

Esse esquisito prazer de entender qualquer coisa de difícil
De se sentir raro ao se deparar com a solução de qualquer enigma
De sentir o choque da descoberta
De, de repente, ver que, agora, sabe isso também
E se pergunta: quem mais sabe disso?
Olha para todo mundo ao redor:
Será que aquele homem de olhar arrogante sabe disso?
E esse padre com cara de mulher mal amada?
Alguém sabe disso?
Esse esquisito prazer de se sentir raro!
Recompondo seu jeito, levantando sua cabeça, te elevando
Como eles podem viver sem saber disso?
E seus pés vão subindo
Bandos de nuvens te abraçando
Aves plainando em coro
Esse esquisito prazer de entender qualquer coisa de raro
E levar isso nos olhos
Impondo qualquer coisa de segredo
De majestosa sabedoria
Mesmo que o quê, agora, se saiba, seja uma besteira inútil
Uma história gostosa de mulher fantástica
O nome de uma planta misteriosa
O gosto desta planta
A utilidade do prazer não interessa
Só o gosto
Só seu mundo cheio de lugares que são delírios e não são vida nem morte
Nem sonhos, nem idéias, nem ilusões
Só esse mundo interessa
Esse saber
Esse sabor
Esse esquisito prazer

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