vinte e seis de setembro de dois mil e seis - casa quatro - vitória
Desfez-se no céu branco da meia-tarde, a mais improvável dúvida e depois mais nada. Tudo era um enorme tanto faz. A parede do prédio trincando de cima até em baixo, ficava perfeita na paisagem enquanto chovia. Uma linda plantação de ruínas. Tudo se abraçando e deixando o tempo ir. – Como assim na minha vida até agora nada disso? Isso que sempre está em tudo e em qualquer lugar! Que punge em todo o sangue e em toda seiva. – Desfez-se no céu da tarde no meio do nada. Exatamente quando nasceu esse nada que eu fitava no céu. O carro, por mais que corresse, não saía debaixo do céu, que me cercando era como se me cegasse. Meu Deus, eu estava tão triste. De repente, no mesmo céu de todo dia, eu nunca mais voltei.
j. gauche
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