vinteesete

18 outubro, 2008

não soneto para ela ler para mim, dezoito de outubro de dois mil e oito

Você tropeçando absorto em meus defeitos
Como se eu fosse uma estrada confusa num dia besta de sol
Correndo abobado completamente infantil
Na inútil pressa que reza sofrido querendo chegar

Eu realmente nada posso fazer, finjo e faço assim
Que sou uma pedra precisando de carinho
De alguém que me livre do meu excesso
Sem levar nada disso que só eu sei que eu posso ser

Você me quebrando e eu feliz em me refazer
Um tanto de mim caindo pelo chão sujo
E todo o resto respirando o alívio

Você me apalpando no seu jeito escuro de sentir
Como se eu fosse o relevo amigo dos cegos
E eu refeita nuvem, chovendo para dentro ia