vinteesete

30 janeiro, 2008

trinta de janeiro de dois mil e oito - tabuazeiro

É que o amor nunca é visto no lugar de onde ele nunca sai. E só quando ele sai é que se faz, então, do tamanho exato para matar qualquer um. Por isso o amor está sempre querendo ir embora. Para ser visto com dor, bem de longe. Para se sentir chorado e sofrido. E ser querido como ele nunca é quando não se deixa faltar. Mas é também que amor se cansa. E perde até a vontade de ser querido. Perde a vaidade da paixão. Perde o luxo da beleza. Deita-se nas coisas simples e dorme com Deus, sonhando com o diabo. Passa dias sem ser visto. Mesmo estando sempre espalhado sobre todas as coisas. Mas se qualquer um duvida se ele ainda está ali, ele não tarda em lhe ferver o corpo.

11 janeiro, 2008

alegria cercada de angústia

Agora que quase mais nada de amor, ela quis encontrar em você, talvez, um lugar num tempo que além de tudo te traga enfim. Se souber, vingar-se-á de uma vez daquele adeus sem perdão. Mas nada te faz deixar de querer, quem sabe, outro dia feliz. Feliz, feliz. Agora, que quase mais nada em você do que foi e do que não há, talvez ela saiba encontrar um lado para ser feliz. Feliz, feliz.