vinteesete

31 outubro, 2006

vinte e quatro de julho de dois mil e seis - casa quatro - vitória

Até parece dia de loucura e satisfação. Um dia de quebrar os fios da vontade e deixa-la fugir na confusão dos ventos magros destes campos áridos. Parece dia de álcool, de fumo, de esporro... de correr atrás de bundas com saias leves e coloridas. O coágulo da tristeza morrendo no calor do estômago. As pernas chutando a brisa contra a calma. Os olhos vidrados no tremular transparente das ondas de calor. A vontade em fuga e o fim das esperas. Parece que é dia de arder. De extinguir o que se acreditava ser. De trocar as lembranças por alucinações. De cair no conforto da sugeira rançosa e fétida. Parece sábado. Um sábado na existência. Um dia de todos os sábados. Um sábado sem domingo posterior. Sem posteridade nenhuma. Um lago de sábados sem vazantes, sem fundo, sem margens... talvês nem dia seja isso que me abraça.
j. gauche