vinte e seis de julho de dois mil e sete - tabuazeiro - vitória
É trabalho também. Sou eu sentado à máquina às nove da manhã. De uma manhã de vento sul que melhor mesmo seria ficar na cama morna. Mas não fico bem com tanta calma assim. Meu corpo me chuta; dá coices feito cavalo. Exige que eu saia correndo, que eu suje todos os minutos, que eu não deixe nenhum tempo passar em branco. E se deixo, ele dói. Como quem apanhou. Talvez meu corpo seja um desses animais sensíveis e ativos. Um tipo de cachorro que quase morre se não brinca. Desses que mata o dono de cansaço.