making of do feliz cinco - vinte e oito de fevereiro de dois mil e oito
Há um tremor passeando dentro de cada corpo. Hás dias demais de muito mais tremor pela frente. Lá na frente, talvez, a calmaria nos mantém onde já deveria ser passado. As plantas avançam sobre a casa. O verde, florindo e morrendo e florindo, corre crescendo ao nosso encontro. Cada folha, cada galho, encontra seu canto e ali deita. A casa se aninha no verde e respira. Nosso tremor cospe seu ar sujo contra as plantas e elas devolvem em frescor. Na varanda, um broto de folha escuta ao longe um ruído de música. Amanhã , quando o sol voltar, a música ainda estará lá. E o nosso tremor dará as boas vindas à nova folha, dando-lhe o ar podre que ela tanto gosta.